Representante do comércio atacadista aposta na reforma tributária para atrair investimentos

Está no ar o quinto episódio da série “Reforma Tributária na Prática”. Dessa vez, a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) conversou com o presidente do Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista) e empresário do ramo de alimentos, Lysipo Gomide. A deputada e o dirigente falaram sobre as oportunidades que podem ser criadas com aprovação de uma reforma tributária, como atração de investimento estrangeiro para o Brasil.

A carga tributária no Brasil é alta e o setor atacadista sofre com as regras que são praticadas atualmente. “Todos os setores empresariais, na sua grande maioria, buscam uma reforma. A gente sabe que para o Brasil captar ajuda de fora, captar investimentos externos, ser mais atrativo, é preciso ter mais segurança jurídica, é preciso ter simplificação”, analisou o presidente do sindicato.

Na sua experiência, Gomide percebeu que os investidores estrangeiros podem ter dificuldade em entender um sistema tributário burocrático. “A gente tenta explicar um pouco o que é a tributação no Brasil. É muito difícil explicar. Eu acho que essa é a grande vantagem da reforma. É a simplificação. E, quando você simplifica, você abre mais a possibilidade das pessoas entrarem nesse ambiente empresarial”, explicou.

Durante a conversa, a deputada Paula Belmonte destacou a diferença entre empresas grandes e pequenas nas regras de tributação atuais. “Os grandes conseguem contratar bons advogados. O pequeno e o micro empresários não têm essa condição e podem ter carga tributária proporcional ao seu negócio muito superior”, afirmou a parlamentar.

Gomide concordou com a deputada e disse que saber ou não como funcionam os tributos pode ser um fator decisivo para manter o negócio aberto ou ter que fechá-lo. “Quem tem uma boa assessoria consegue fazer da melhor forma, da forma mais eficiente, com menos riscos. Quem não sabe paga mais e algumas vezes pode ser autuado porque fez errado”, explicou.

A deputada Paula Belmonte ressaltou que na pandemia é preciso se reinventar e perguntou como o empresário imagina a economia daqui para frente. Como resposta, o empresário disse que é preciso ‘fazer do limão uma limonada’. “Se a poupança não rende mais 10% ao ano, eu tenho que arranjar alguma coisa 10% ao ano. O que rende? É trabalhar, é gerar emprego, vender, comprar, produzir, inventar alguma coisa, é isso que vai gerar dinheiro de verdade”.

Quer conferir a íntegra desse bate-papo? Assista agora o episódio “O Custo Brasil na produção de alimentos”.

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