População do Núcleo Rural Monjolo pede socorro à Câmara Legislativa

Em audiência realizada por iniciativa da deputada Paula Belmonte, com a participação dos moradores, eles denunciaram descaso com a saúde, falta de transporte público, de asfalto e outros equipamentos públicos

Moradores do Núcleo Rural Monjolo, no Recanto das Emas, aproveitaram a oportunidade e participaram da audiência pública realizada nesta quarta-feira (17/4/24) no local. Denunciaram a falta de acesso aos serviços de saúde, a dificuldade de conseguir vagas em creches, a insegurança na região, além da luta judicial em vão, para tentar regularizar as terras, entre outros problemas.

A moradora Lucilene Ribeiro questionou o combate à dengue no Monjolo, se não existe sequer coleta de lixo. Já Naiara Fernandes, que lidera o grupo Mães Atípicas, que têm filhos com deficiências, pediu qualidade de vida para essas crianças. “Monjolo e Recanto das Emas estão esquecidos pela autoridades”, lamentou.

Presidente da Comissão de Fiscalização e Transparência da Câmara Legislativa, a deputada Paula Belmonte (Cidadania) ressaltou a gravidade da situação das crianças de Monjolo. “Só tem uma explicação para isso: criança não tem título de eleitor”, concluiu após os relatos sobre a situação das crianças de Monjolo.

Regularização de terras

Foto: Alexandre Mota/Ascom

O mais difícil e grave impasse dos donos de chácaras de Monjolo é conquistar o sonho da casa própria. Assentados na região há 16 anos pelo Governo do DF, em área de proteção ambiental, muitos lutam na justiça para regularizar a terra onde ergueram moradia e fizeram diversas melhorias. “Quero me colocar à disposição de vocês para que essas políticas públicas aconteçam!”, frisou a parlamentar ao encerrar a fala sobre esse assunto.

Joaquim Campos, presidente da Associação do Assentados em Monjolo, cobrou do governo a solução desse impasse. “Foi o GDF que nos assentou aqui e vai ter que regularizar nossas terras”, afirmou.

Sobre o principal desafio da comunidade, que é a regularização fundiária, a diretora de Licenciamento Ambiental do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Amanda Porto, destacou que o órgão está atualizando processos e planos ambientais da região e assim que tiver o resultado desse trabalho, farão a regularização do parcelamento ambiental.

Ainda sobre essa área de grande interesse da população de Monjolo, Manuella Coelho, diretora de Estudos em Regularização Fundiária da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), confirmou que o órgão está revisando o plano diretor urbano da região e que já fez o diagnóstico dessa revisão. “Conto com a participação de todos vocês nessa etapa”, destacou.

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