Promotoria de Justiça abre inquérito para investigar irregularidades na PPP da Rodoviária

Representação movida pela deputada Paula Belmonte motiva ação que aponta irregularidades no edital de licitação. Tribunal de Contas pede para empresa se manifestar

A Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social do Ministério Público do Distrito Federal abriu inquérito para investigar possíveis irregularidades no edital envolvendo a gestão da Rodoviária do Plano Piloto para a iniciativa privada. A ação foi motivada por uma representação da deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania), para quem o edital apresenta diversas irregularidades, principalmente com relação à transparência. Paralelamente, o Tribunal de Contas do DF também acatou representação semelhante, já notificou a empresa para se manifestar e o prazo de cinco dias já está correndo.

Paula Belmonte questionou o fato de as primeiras conversas acerca do edital terem sido iniciadas em meio à pandemia do coronavírus, impedindo a participação dos interessados nas audiências públicas referentes ao tema e à livre concorrência. Na época da Covid-19, os custos dos materiais também estavam mais elevados, gerando um sobrepreço no edital que não foi analisado pelo GDF com o devido cuidado.

“Não estamos contra uma parceria público-privada, a Rodoviária realmente necessita ser cuidada e precisa receber uma atenção especial. As escadas rolantes não funcionam, os banheiros estão mal cuidados e o Estado não dá conta de tudo isso. O que eu defendo é a transparência do processo, com ampla divulgação e livre concorrência. A sociedade não pode ser lesada por essa falta de clareza”, justifica a deputada.

A representação – protocolada no Ministério Público e no Tribunal de Contas pela parlamentar – pede a instalação do inquérito, a nulidade do projeto de gestão da rodoviária por não apresentar projeção financeira adequada e que seja firmado junto ao GDF um Termo de Ajuste de Conduta para que, em até um ano, seja realizada a contratação de uma empresa especializada em projetos KPO (Knowledge Process Outsorcing) para administração pública, e a realização da Parceria Público Privada com empresa que atenda às recomendações do Tribunal de Contas do DF.

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