A depressão entre crianças e adolescentes é uma realidade em muitas famílias brasileiras. Só no DF, a doença atinge mais de 13 mil entre dois e 17 anos, segundo a Secretaria de Saúde. Identificar essa condição é um desafio para os pais e profissionais, já que os sintomas se confundem com o comportamento típico dessa faixa etária, tais como: birra, rebeldia e malcriação. Nesse cenário, projeto distrital quer auxiliar no diagnóstico precoce e no tratamento da doença.
Para a deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania), autora da proposta e defensora de mais investimentos públicos e atenção à primeira infância, o projeto fortalece a rede de cuidados com as crianças e adolescentes. “As medidas que estamos propondo formam ações integradas e multidisciplinares que podem fazer a diferença no futuro dos pequenos e jovens que sofrem com a doença”.
Entre as ações propostas, o texto destaca a capacitação de profissionais de educação, saúde e assistência social, conselhos tutelares e outros setores para identificar os sinais de depressão e encaminhar crianças e adolescentes à avaliação e ao tratamento adequado.
A medida se mostra ainda mais necessária ao analisar um estudo de 2023, feito pela Sociedade Brasileira de Pediatria, em que mais de mil crianças, entre 10 e 19 anos de idade, cometem suicídio no Brasil a cada ano, por falta de acompanhamento. Além das crianças e adolescentes, o projeto distrital também visa o acolhimento da família, por meio da implementação de protocolos de atendimento específico, criação de grupos de apoio e de atividades terapêuticas.