Em audiência pública, Paula Belmonte, presidente da Comissão, solicitou que haja comunicação do aplicativo E-Gov com outras áreas, como saúde, mobilidade e educação
A Comissão de Fiscalização, Transparência, Governança e Controle (CFGC) realizou audiência pública na sexta-feira (17/11), para conhecer e cobrar avanços nos serviços digitais oferecidos pelo Governo do DF à população. Para a presidente da Comissão e deputada distrital, Paula Belmonte (Cidadania), “esse serviço público ainda está muito analógico”. Também questionou os processos para a digitalização interna dos serviços, em várias áreas, como saúde, educação e outras. “A alta tecnologia veio para ficar e espero que ela possa nos favorecer na otimização dos processos e principalmente, no aspecto econômico”, destacou.
Em audiências realizadas com outros órgãos públicos, um dos pontos sugeridos foi a possibilidade do uso da tecnologia para facilitar o serviço que é ofertado por cada setor, como por exemplo: na marcação de consultas e exames; na solicitação de benefícios e programas sociais, entre outros.
Renato dos Santos Alencar Filho, secretário-executivo de Contratos e Tecnologia da Informação da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração (Seplad), explicou que será implementada uma nova estratégia de tecnologia para toda a sociedade do DF. “O aplicativo E-GDF vai complementar o atendimento ao cidadão. É um canal. Dia 24 lançaremos um novo aplicativo e dia 28 será o site”.
O aplicativo foi contratado pelo Governo do Distrito Federal, segundo Joran Freire, coordenador da Central de Relacionamento do GDF. Esclareceu que a ferramenta “faz parte da estratégia Omnichannel, que é uma multiplicidade de canais: telefone, portal, aplicativo, para unificar a entrada do cidadão. Ou seja, não importa o canal que ele entre, nós temos o gerenciamento do chamado dele”, disse.
Um ponto abordado entre os presentes foi a questão da comunicação do aplicativo entre os órgãos públicos, no sentido de unificar os serviços oferecidos à população. Reginaldo Passos, Coordenador Especial da Tecnologia da Informação da Secretaria de Saúde, destacou que uma das dificuldades da Saúde diz respeito aos postos de trabalho. “Há um projeto para fazer a contratação suplementar ou complementar da rede, para fazer o atendimento à distância, mas para que isso funcione eu preciso de mecanismos”, que pode ser um portal, segundo ele. Destacou ainda a preocupação com o aplicativo do governo, no caso de consultas virtuais, porque nesses casos, o E-GDF teria que estar preparado para essa situação específica, que não seria uma prerrogativa só da saúde, visto que essa é uma tendência para várias outras áreas, além da saúde.
A presidente da comissão, Paula Belmonte (Cidadania) questionou e cobrou a unificação dos serviços. “Nós ainda estamos fazendo um impacto muito pequeno. O governo digital terá um grande impacto para a nossa sociedade quando estiver dentro da saúde, dentro da educação e dentro da mobilidade”, reforçou a parlamentar.
Também participaram da audiência, o Subsecretário de Orçamento Público da Seplad, André Moreira; o Secretário Executivo da Secretaria Executiva de Contratos e Tecnologia da Informação da Seplad, Renato dos Santos; o Subsecretário da Subsecretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação da Seplad, Wisney Oliveira; O Secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, Marcus Marques e o diretor do Núcleo de Fiscalização de TI do Tribunal de Contas do Distrito Federal, Flávio Souza.