A deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF) cobrou a regularização da vacina de profissionais de saúde. De acordo com o Sindicato dos Médicos, há pelo menos 20 mil médicos, enfermeiros, técnicos de laboratórios e outras carreiras aguardando a vacinação no Distrito Federal. Em um momento de agravamento da pandemia, parlamentares cobram maior efetividade do governo local.
A alta no número de mortes demonstra a necessidade de vacinação no Distrito Federal. As quase 2 mil mortes no últimos dois meses devem servir de alerta para o governo, de acordo com a deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF).
“Nós estamos falando de algo muito sério. Essa comissão está fazendo o papel de pressionar e fiscalizar por vacinas. Estamos falando de duas estruturas monstruosas que estão, infelizmente, inoperantes. O IGESDF está engessado por falta de certidões e a Secretaria de Saúde não consegue fazer as coisas funcionarem”, afirmou.
As informações foram trazidas por Gutemberg Fialho, presidente do Sindmédico, durante reunião da Comissão Especial da Covid-19. O dirigente considera as doses recebidas até agora como insuficientes e afirma que é preciso ir além para dar maior segurança a quem trabalha na área da saúde.
“Temos informação de que 6 mil médicos da rede pública não receberam vacinas. No setor privado são cerca de pelo menos 20 mil profissionais, o que inclui técnicos de enfermagem, técnicos de laboratório, atendentes de consultórios, entre outros”, explicou.
Fialho ainda critica a falta de campanhas de conscientização por parte do Governo do Distrito Federal. Para o médico, é preciso esclarecer e incentivar a vacinação. “Falta ação efetiva de comunicação do governo. Na internet, vemos uma série de fake news desqualificando as vacinas. Não há campanha de esclarecimento para a população e incentivando a vacinação. Até porque a imunização efetiva vai ocorrer só depois da segunda dose”, completou.
Na reunião da segunda-feira 19/4, participou o presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF), Gilberto Occhi. As ausências dos secretários de Saúde, Osnei Okumoto, e de Economia, André Clemente, foram criticadas pelos parlamentares.