São Sebastião é destaque no ensino, mas sofre déficit de escolas para atender a comunidade

O mandato está apenas no início, mas a deputada Paula Belmonte tem colocado em prática o que prometeu aos brasilienses: visitar cada canto onde foi em campanha para, não somente agradecer pelo apoio, mas entender as principais demandas e participar ativamente do desenvolvimento da região como representante do Distrito Federal. E uma dessas cidades é São Sebastião, onde esteve nesta sexta-feira (15).

A cidade tem potencial, com escolas bem consolidadas, mas poucas. Embora o ensino ganhe cada vez mais destaque no cenário dos concursos escolares, como os primeiros lugares no Concurso da Controladoria Geral do DF e na redação do concurso, a nível nacional, da Defensoria Pública da União, ao todo, São Sebastião possui apenas 25 escolas para 24 mil estudantes matriculados na rede pública de ensino. “A gente precisa criar nas crianças e jovens uma expectativa de se empoderar pelo conhecimento, por tudo de bom que temos para oferecer”, salientou a coordenadora intermediária da Unidade Regional de Educação Básica da Regional de Ensino (UNIEB), Ruth Rocha.

Entretanto, salas de aula com mais de 40 alunos podem causas problemas, como ressaltou o coordenador regional Luiz Eugênio Barros de Brito. “Temos a ligação física com o Plano Piloto, mas também ficamos muito esquecidos. A última unidade escolar construída na região é de 2012, um Centro de Educação Infantil”, contou.

Para Luiz Eugênio, a situação é agravada pela densidade populacional da cidade, com bairros próximos como Morro da Cruz e Capão Cumprido, além da construção do condomínio Crixá. Com isso, muitas crianças precisam sair da região para escolas mais distantes e, então, esbarram nas dificuldades do transporte escolar.

A região também conta um polo do Instituto Federal de Brasília (IFB). Para a deputada Paula Belmonte, o ensino técnico e o ensino integral devem ser prioridades na gestão. Essa é, segundo a parlamentar, uma maneira de retirar os jovens e crianças das ruas e dar esperança a geração dos mais novos. “Precisamos melhorar a autoestima dos nossos jovens e das nossas crianças. Muitos partem para o caminho da criminalidade para justamente conseguir dinheiro para a família, com preocupações de adultos, como o sustento dos pais. Por isso, também, são necessárias ações conjuntas para fazer com que essas famílias tenham pelo menos subsídios básicos”, argumentou.

Elefante branco
Em visita a alguns pontos de São Sebastião, a parlamentar esteve no albergue construído ainda em 2014, próximo ao Morro da Cruz, porém, inativo desde a criação, que tinha como objetivo a retirada de moradores de rua durante o evento da Copa do Mundo desse ano. O local é foco da Coordenação Regional de Ensino, que tem planos de construir uma escola no espaço com estrutura ideal para se tornar um centro de ensino. O processo já está em negociação com a Novacap.

“Um lugar extremamente bem localizado, que virou um elefante branco. Foram gastos milhões do nosso dinheiro numa região nobre, e o espaço foi construído e abandonado. Enquanto isso, a população sofre com o déficit de 7 mil crianças nas escolas, que vão para outras regiões, como Lago Sul e Plano Piloto. Mas temos esperança de que o governador seja sensibilizado e, então, faremos uma escola para atender os jovens de São Sebastião e das proximidades”, protestou Paula Belmonte.

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