A lei que regulamenta as empresas juniores determina que apenas alunos de graduação podem prestar serviços nessa modalidade. A teoria já é conhecida nas salas de aula, mas a prática pode ser obtida nas empresas dentro das universidades. Para os estudantes de cursos técnicos, essa experiência não é prevista legalmente ainda, mas o projeto de lei da deputada federal Paula Belmonte visa regulamentar as atividades.
A empresa jovem proposta pela parlamentar do Distrito Federal é o tema do podcast Nosso Mandato. O assunto foi discutido com a participação de Luciana Massukado, reitora do Instituto Federal de Brasília, Olívia Völker Rauter, diretora executiva da Junior Achievement, e Vitória Penteado, presidente do Grupo Gestão e estudante de engenharia de produção na Universidade de Brasília.
Veja como foi a conversa:
A autora do projeto de lei sabe da importância do aprendizado prático no ensino superior. “O administrador do escritório da minha empresa foi presidente da empresa júnior da Universidade de Brasília. Começou muito jovem e foi contratado aos 22 anos. A gente percebe a experiência que é possível adquirir nesse momento. Também temos aqui na UnB algumas empresas que iniciaram como juniores e passaram a prestar serviços nacionalmente”, afirmou Paula Belmonte.
A reitora do Instituto Federal de Brasília elogia a iniciativa de Paula Belmonte. A idéia surgiu após uma conversa da deputada com os alunos. “Existe um limbo porque a empresa júnior é só para a graduação. O grande mérito desse projeto é responder a pergunta ‘por que os jovens têm que entrar na graduação para iniciar a experiência de teoria e prática juntas?’ O momento de errar é dentro do ambiente acadêmico, para que não erre depois e vá mais maduro”, disse Luciana Massukado.
A experiência de Vitória Penteado foi marcante. A visão empresarial desde a graduação foi um dos diferenciais que a fizeram participar. “Descobri que havia uma empresa jovem vinculada ao meu curso e que alunos faziam projetos de consultoria para ajudar a comunidade aqui de Brasília com esses serviços. Fui tentar e acabei entrando no movimento de empresa júnior, que consegue me agregar como pessoa, profissional e não só o conhecimento técnico que a gente pensa”, comemorou a presidente do Grupo Gestão (GG).
A diretora executiva da Junior Achievement falou sobre o movimento de levar conhecimento prático e exercitar a criatividade de alunos de ensino médio e fundamental. “Em cada escola que nós vamos, estamos contribuindo para que o movimento cresça e que nós mudemos a economia. Levamos negócios, design thinking e vários temas para meninos de segundo ano do ensino médio. E eles têm idéias ótimas para aplicativos”, contou Olívia Völker Rauter.
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