Paula Belmonte na audiência pública sobre as bolsas do CNPQ

Paula Belmonte diz que educação precisa mostrar melhores resultados

A deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF) disse que a área de educação precisa mostrar mais resultados e não se prender apenas às reivindicações por mais verbas do governo. “Hoje, nós temos um resultado na educação que não é dos melhores. Precisamos, como parlamentares, saber o que o investimento em educação tem trazido ao Brasil, em resultados reais”, disse a parlamentar em intervenção nesta quarta-feira (11), durante audiência pública na Comissão de Educação da Câmara que tratou da situação financeira da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

Paula Belmonte afirmou que a comissão tem consciência de que o país está passando por “um processo de balanço financeiro”. Segundo a deputada, não se pode ignorar essa realidade. Para a parlamentar, é preciso analisar onde foram investidas verbas do governo na área de educação e o fruto desses aportes. “Temos que analisar com muita responsabilidade essa situação”.

A deputada do Cidadania criticou a baixa aplicação de recursos pela Capes na região Norte do país. “É muito menos que no Sudeste, e ali sabemos que existem pessoas realmente precisando de mais investimentos em educação”. Para Paula Belmonte, é necessária uma análise profunda dos dados apresentados pela Capes e pelo CNPQ. A deputada criticou os que apenas discursam contra o contingenciamento de verbas, mas não procuram aferir a repercussão do dinheiro já aplicado pelo poder púbico.

A Capes e o CNPq enfrentam uma crise financeira que tem consequências na concessão de bolsas. Segundo o presidente da agência, Anderson Correia, R$ 800 milhões foram contingenciados pelo Ministério da Economia. A Capes tem 200 mil bolsistas. Já no CNPq, há um déficit de R$ 330 milhões. O presidente substituto do órgão, Manoel da Silva, pediu apoio dos parlamentares para que um recurso suplementar seja aprovado. Além desses órgãos, a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e representantes do Ministério da Economia participaram da audiência pública na Câmara.

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