A deputada federal Paula Belmonte (Cidadania – DF) reuniu parte do setor produtivo do Distrito Federal e representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para falar sobre o apoio financeiro às micro e pequenas empresas diante da pandemia enfrentada no país. O intuito é encontrar alternativas viáveis para socorrer os empresários do Distrito Federal.
O banco tem o programa Crédito Cadeias Produtivas – voltado para o financiamento de capital de giro, direcionado a empresas de grande porte (empresas âncora), para atender a necessidade de liquidez de sua cadeia produtiva, formada por empresas de menor porte (empresas ancoradas). “Isso pode facilitar o acesso de empresas que não têm relacionamento com bancos, mas com seus fornecedores”, diz a deputada.
A operação de crédito pode ser de no mínimo R$ 10 milhões e no máximo de R$ 200 milhões. As empresas âncora precisam ter faturamento de R$ 300 milhões e as ancoradas abaixo se R$ 300 milhões. A carência de pagamento é de dois anos a cinco anos para pagamento.
A situação das empresas é crítica no Distrito Federal. O Sebrae – DF estima que cerca de 130 mil empresas têm faturamento de até R$ 150 mil, ou seja, são empresas à margem do sistema financeiro. “Quero colocar esses empresários em contato com os produtos do BNDES. Aqui no DF, mais de 80% das empresas são constituídas por microempresas, mas também temos empresários de grande porte e o BNDES não é tão presente aqui no Distrito Federal. É importante que possamos fortalecer essa linha de crédito. Essas empresas âncora podem funcionar como bancos para esses pequenos.”, diz Paula Belmonte.
O presidente do Sindiatacadista, Lysipo Gomide, solicitou ao banco a possibilidade de diminuir o valor estipulado para a empresa âncora, de R$ 300 milhões. “Desta forma, poderíamos ter um maior número de empresas proponentes aqui no Distrito Federal, de acordo com a nossa realidade local”. O gerente do Departamento de Comércio e Serviço do BNDES, Job Rodrigues, se comprometeu em avaliar junto ao banco a possiblidade de flexibilização.
Paula Belmonte complementou o pedido enfatizando que não se trata apenas de diminuir a régua dos R$ 300 milhões, mas de possibilitar outras medidas de flexibilização. “O banco poderia ver se é possível fazer consórcios econômicos, com dois ou três atacadistas estar se unindo em prol de acesso a esse crédito. A nossa necessidade aqui é urgente e pedimos uma atenção especial para o DF, para não deixarmos os microempresários fecharem. Vejo uma nova concepção de crédito e uma forma de fidelização da clientela para as empresas âncoras”, explica a parlamentar.