A Comissão Especial do Covid-19 no Distrito Federal recebeu o responsável pelo Instituto de Gestão Estratégica da Saúde (IGESDF). O gestor foi chamado para esclarecer o repasse de R$ 136 milhões da Secretaria de Saúde em meio à pandemia. A transferência chamou a atenção dos parlamentares, já que uma verba fixa já está prevista em contrato.
A deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF) foi a responsável por questionar o repasse, noticiado amplamente pelos meios de comunicação. Para ela, existem problemas na prestação de contas.
“Infelizmente, aconteceu a prisão da cúpula da Secretaria de Saúde. É preciso que haja melhores explicações para a sociedade. Essa comissão não tem a intenção de julgar, mas de dar transparência. E também temos que mostrar que o Estado pode ser um bom gestor dos recursos do contribuinte”, cobrou.
Paulo Ricardo Silva, o diretor-presidente interino, disse que o Instituto foi bastante demandado durante a pandemia e que o repasse foi referente à atuação em meses anteriores. A quantia teria sido usada para pagamento de salários e fornecedores em atraso.“O IGES foi demandado durante todos os meses da pandemia, mas não recebia repasses mensais. A verba foi demandada aqui, mas nunca havia sido recebida. É um dinheiro que entrou para pagar o que não havia sido pago”, justificou.
Além dos repasses previstos em contrato, do Governo do Distrito Federal, Silva lembrou que as emendas parlamentares representam um incremento de verbas para o Hospital de Base, o Hospital de Santa Maria e outras seis unidades de pronto atendimento administradas pelo IGESDF. Entre esses repasses, o diretor-presidente interino destacou a emenda destinada pela deputada Paula Belmonte, de R$ 4 milhões, para a compra do primeiro aparelho de ressonância magnética da rede pública.
O gestor do IGESDF anunciou que a entidade está passando por uma auditoria nos contratos firmados durante a pandemia, em especial aos gastos que podem ser relacionados à Operação Falso Negativo.