Tudo começou durante a última reunião da CPI dos atos antidemocráticos, numa discordância entre Paula Belmonte e Chico Vigilante
O primeiro grande confronto ideológico deste ano na Câmara Legislativa deverá levar à instalação de um microfone no centro do plenário, de modo a ficar à disposição de todos os distritais.
Tudo começou durante a última reunião da CPI dos atos antidemocráticos, quando seu presidente Chico Vigilante, petista, cortou o som do microfone que era usado pela distrital Paula Belmonte, do Cidadania.
Vigilante discordava da postura crítica da distrital em relação à postura do governo Lula nos incidentes. A encrenca ganhou novas dimensões quando a Procuradoria Especial da Mulher da Câmara reuniu toda a bancada feminina e emitiu nota de apoio e solidariedade a Paula em represália ao ocorrido.
A questão foi parar nesta segunda-feira, 13, no gabinete do presidente da Câmara, Wellington Luiz, que tem mostrado grande capacidade de manobra – e a exerceu outra vez. Ele gostou da ideia de instalar o microfone aberto no plenário, o que garantiria acesso pleno a todos os distritais, sem possibilidade de corte. Chamou o diretor da Mesa para examinar as formas de colocar o novo microfone. “Isso já existe na Câmara Federal e no Senado, e é importante para dar mais espaço para os debates”, defende Paula Belmonte