A Frente Parlamentar da Primeira Infância reuniu especialistas para falar sobre as políticas públicas durante a pandemia. Sob iniciativa da deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF), um grupo de parlamentares, servidores públicos e acadêmicos voltou os olhos para o atendimento às crianças em tempos de covid-19.
Em uma reunião transmitida pelo Youtube, se juntaram a Paula Belmonte a deputada federal Leandre (PV-PR), presidente da frente parlamentar, a promotora da Vara da Infância e Juventude, Luísa de Marillac, a pesquisadora da Universidade de Brasília e de Yale Gabriela Buccini e a coordenadora do Programa Criança Feliz Brasiliense, Fernanda Monteiro, e a deputada distrital Júlia Lucy (Novo-DF).
O diagnóstico sobre os primeiros anos de vida e as famílias é considerado importante para orientar as ações de governo. Dados apontam que de cada 10 crianças, quatro pertencem a famílias abaixo da linha da pobreza. “Quando a criança vive em um ambiente adequado, a gente ajuda a quebrar o ciclo intergeracional da pobreza. A criança vai ter mais condições de buscar melhores oportunidades na vida”, informou a pesquisadora Gabriela Buccini.
A promotora Luísa de Marillac falou em metas e ambições mais altas para a capital federal em relação às crianças. “Brasília possui o maior e o menor IDH. Somos uma região muito pequena geograficamente. Temos todas as condições de sermos exemplo para o Brasil. Precisamos construir um Distrito Federal amigo da criança”, projetou.
O pensamento da deputada Paula Belmonte foi convergente. Para ela, as políticas públicas devem vir acompanhadas do combate à corrupção. “É inconcebível que nós não possamos dar um tratamento adequado às crianças. Somos uma unidade da federação com uma das altas rendas per capita. Então estamos falhando nas políticas públicas”, disse.
Uma das apostas para potencializar o desenvolvimento das crianças é o programa Criança Feliz Brasiliense. Em operação desde dezembro de 2019, a iniciativa conta com 228 profissionais e realizou quase 11 mil visitas. A coordenadora lembrou a importância dos dados que serviram para a implementação do projeto. “Não tem como fazer gestão sem ter pesquisa. Para qualquer gestor que deseje uma política pública eficiente, o resultado é essencial. E etapas importantes foram convencer as famílias a participarem e formar gestores”, resumiu.