Elas no Tatame: Mulheres aprendem táticas de defesa pessoal na Câmara Legislativa

Deputada Paula Belmonte veste a camisa do projeto para por em prática técnicas de prevenção de violência

Técnicas para imobilizar o agressor e ter mais estabilidade no enfrentamento foram ensinadas no primeiro dia de debates da “2ª Semana da Mulher: mais vozes, mais direitos”, evento promovido pela Procuradoria Especial da Mulher na Câmara Legislativa do DF. A apresentação, realizada pelos criadores do projeto Elas no Tatame nesta terças-feira (18), tem o objetivo de ensinar mulheres a se defenderem em situações de violência.

O “Elas no tatame” é uma iniciativa de Selma Dias, Ricardo Biscolli e Francisco Mesquita, amigos praticantes de jiu-jítsu, que, vendo as situações diárias de violência, agressões e importunações, enxergaram nas artes marciais, uma possibilidade de ensinar defesa para as mulheres.

As técnicas são adaptadas do jiu-jítsu e englobam formas de imobilizar o agressor e deixar a mulher em posição de defesa. Entre elas, a disposição dos pés, que não podem ficar em paralelo, para não deixar a mulher vulnerável à queda, por exemplo.

Enfrentar o agressor com o queixo grudado no pescoço protege a cabeça da mulher, na hora de cair. “Assim, no empurrão, o pescoço ficará travado”, ensina Selma.

O projeto existe há três anos e começou na região de Vicente Pires, onde atende atualmente, cerca de 120 mulheres em busca da autodefesa. E não há idade máxima para participação: crianças com idade a partir de três anos a mulheres idosas, todas são bem-vindas.

Nas escolas

Agora, o próximo passo é levar o “Elas no Tatame” até as escolas: “Estamos em contato com alguns professores e diretores escolares de Vicente Pires, pois entendemos que o combate à violência começa na educação”, afirma o professor e fundador do projeto, Ricardo Biscolli.

Na apresentação, ele disse que se sente na obrigação de transmitir os conhecimentos “para que todas as mulheres possam ter a oportunidade de se antever à violência”.

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