Alunos da UnDF reivindicam melhorias no campus

Por meio do projeto Câmara Vai às Escolas, a CLDF visitou a Universidade do Distrito Federal (UnDF), localizada no Lago Norte, para ouvir as demandas dos estudantes. Os deputados Paula Belmonte e Gabriel Magno estiveram presentes ao debate

Falta de ponto de ônibus estruturado e pouca acessibilidade, defasagem curricular de professores e a construção de um restaurante universitário para atender estudantes e funcionários foram alguns dos problemas relatados pelos alunos do campus Jorge Amaury Maia Nunes, da Universidade do Distrito Federal (UnDF), em nova edição do Câmara Vai às Escolas. O projeto, de iniciativa da Escola Legislativa (Elegis) da CLDF, aconteceu na manhã de sexta-feira (04/10).

Além de estudantes e representantes da UnDF, o debate também contou com a presença dos deputados Paula Belmonte (Cidadania) e Gabriel Magno (PT), além da presidente do Elegis, Jane Marrocos. Eles ouviram com atenção as reivindicações e elogiaram a participação ativa dos estudantes. O projeto Câmara Vai às Escolas existe desde 2023, e foi pensado com a intenção de de incentivar os mais jovens a se envolver ativamente nas demandas locais e a se aproximar da CLDF.

Os estudantes, que representaram os cerca de 700 universitários da UnDF, tiveram voz ativa durante o debate e expressaram aos deputados as melhorias que gostariam de ver no campus: uma delas é a construção de um restaurante comunitário para atender aos estudantes e funcionários. Muitos alunos passam o dia inteiro na universidade, que está localizada em um bairro mais abastado, e relatam dificuldade em conseguir se alimentar nas proximidades, por causa dos preços inacessíveis para a maioria.

“Essa é uma luta pelo básico, pelo essencial. A falta de um restaurante universitário impede o estudante de permanecer mais tempo na universidade, além de diminuir o desempenho acadêmico por falta da alimentação”, justificou o estudante Vinícius Melo Maciel.

Transporte

Outra questão levantada no debate foi a necessidade de instalar um ponto de ônibus mais estruturado nas proximidades e de melhorar a acessibilidade ao campus: a parada mais próxima da instituição não possui abrigo e é pouco iluminada, além disso, a cobertura do transporte público é baixa na região e não há ônibus direto da Rodoviária do Plano Piloto para a UnDF.

A grade curricular também apresenta problemas: os professores acabam por lecionar unidades curriculares que não são da sua formação, e os alunos ficam reféns de aulas genéricas, em vez de acessarem disciplinas relacionadas aos temas de maior importância nos cursos de graduação. No que diz respeito à gestão, os estudantes questionam a ausência constante da reitora, Simone Benck, que se mostra pouco envolvida na rotina da universidade, segundo relatos dos universitários.

A Deputada Paula Belmonte reconheceu que muitas questões importantes foram levantadas, e se comprometeu a auxiliar os estudantes. “Tomamos conhecimento de que a universidade já enviou ofícios à Secretaria de Mobilidade, e pedimos que esses ofícios sejam encaminhados para nós, para que possamos acompanhar a situação de perto, e reivindicar soluções junto à Câmara Legislativa”, afirmou a parlamentar, que também elogiou a participação dos alunos no debate.

Diante do exposto, o deputado Gabriel Magno propôs a realização de uma audiência pública para nortear a discussão sobre projetos de lei e melhorias para estudantes e funcionários. O debate ficou marcado para outubro e deve ocorrer no dia 22, terça-feira.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima