Paula Belmonte ouviu os permissionários e se comprometeu a realizar audiência pública para trazer luz ao tema
Lojistas instalados no Shopping Popular do Gama, no Setor Oeste da cidade, reclamam da licitação feita para ocupação dos boxes. Os permissionários alegam não ter preferência sobre seu ponto de venda, mesmo estando no local há vários anos.
A queixa foi apresentada à deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania), em uma visita realizada pela parlamentar à região administrativa na sexta-feira (10/5). Ela foi recebida pelos empresários da chamada “Feira Azul”, os quais questionavam o formato da seleção organizada pelo GDF.
Sales Filho é dono de uma banca de celulares que funciona há 17 anos no espaço. Ele, que provocou o debate, afirma desconhecer quais são os termos do processo. “Nós, que somos lojistas, não estamos sabendo de nada”, reclama o empresário.
Paula esteve no Shopping Popular por várias vezes, sendo a primeira delas na campanha de 2018, quando concorria ao cargo de deputada federal. Na ocasião, relembra a parlamentar, a principal demanda era a realização do processo licitatório, especialmente para ocupar bancas vazias e atrair novos clientes. Entretanto, com os trâmites atuais, ela avalia que o resultado possa ser inverso.
“O que a gente precisa é valorizar o pequeno empreendedor, fazendo com que eles se mantenham nas lojas, priorizando aquelas pessoas que querem trabalhar”, defende a distrital.
Compromisso
Ainda no local, após ouvir as queixas dos comerciantes, Paula Belmonte, entrou em contato com a administradora do Gama, Joseane Feitosa, por telefone. Na ligação, Joseane afirmou que o processo “foi amplamente divulgado”, informação negada pelos próprios comerciantes.
Em seguida, a distrital, que preside a Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle (CFGTC), sugeriu que os comerciantes tratem do assunto em audiência pública, na Câmara Legislativa.
Para essa reunião, a deputada pretende convocar a Secretaria das Cidades, a Administração Regional do Gama e os comerciantes com objetivo ouvir todos os envolvidos no caso e encontrar soluções. “Queremos que esse processo de licitação contemple os feirantes e, principalmente, faça com que essa feira cresça cada vez mais”, afirma Paula Belmonte.