A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa debateu programas de inclusão, com destaque para a Universidade do Envelhecer (UniSER), promovida pela Universidade de Brasília. Os parlamentares defenderam que o modelo, sucesso no Distrito Federal, possa ser expandido para outros países.
A audiência foi presidida pela deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF), que também foi a autora do requerimento de realização. A UniSer recebeu emendas parlamentares no valor de R$ 500 mil para o exercício de 2021.
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A parlamentar pediu que os presentes fizessem um exercício de imaginação sobre a diferença que um projeto como a UniSER pode fazer na vida dos participantes. “Pensem em como se sentem esses idosos, muitas vezes de periferia, entrando em uma universidade, com todo o respeito e atenção dos professores. A autoestima é despertada na hora. Algo muito bonito”, disse Paula Belmonte.
A diretora do programa é Margô Karnikowiski. Ao apresentar a UniSER, ela lembrou que um dos desafios do Brasil nas próximas décadas é lidar com o envelhecimento da população. Para a professora acadêmica, é possível replicar projetos nessa área. “Precisamos pensar em estratégias de como utilizar a educação como uma importante ferramenta nessa fase da vida”, explicou.
Ao citar o exemplo de outros países, Margô defendeu urgência para lidar com o problema. “A pirâmide vai se inverter rápido e nós precisamos estar preparados. Pode acontecer como ocorre atualmente no México, onde há muitos idosos de rua”, alertou.
O patrono da UniSER, José Alberto Gomes de Oliveira, comemorou a transformação que o projeto é capaz de fazer nos participantes. “Vocês da Uniser são responsáveis por eu sentir uma emoção muito grande. Espero que vocês consigam trazer mais alunos, políticos, deputados, senadores e até o presidente, que também vai envelhecer. Vamos convidá-lo”, afirmou.