“É preciso colocar alunos de volta nas salas de aula”, defende Paula Belmonte

A deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF) defendeu a volta das aulas presenciais em escolas públicas. As escolas estão fechadas desde março e esse seria um dos maiores períodos de suspensão entre vários países do mundo. Para a parlamentar, as famílias não podem abrir mão de várias das funcionalidades do ambiente escolar.

A opinião foi emitida durante a audiência pública ‘Retorno das aulas na rede pública de ensino do Distrito Federal’, realizada pela Câmara Legislativa pela internet. Deputados, especialistas, membros do Ministério Públicos e representantes de professores se manifestaram sobre o tema.

Paula Belmonte relembrou a importância da escola para a prevenção e combate à violência doméstica, sexual e sobre os prejuízos causados pela falta de aulas. “Obviamente entendemos o posicionamento dos professores. Precisamos dar a segurança a esses profissionais, mas precisamos colocar de volta nossos alunos na sala de aula. É lá que eles terão oportunidades e ambientes melhores que suas próprias casas”, afirmou.

A parlamentar também acredita que os professores terão papel fundamental para levar mais conhecimento sobre os cuidados de saúde. “A escola é fomentadora de educação. O aluno vai receber a orientação na escola, sobre condições de higiene e vai repassar esse conhecimento na sua casa”, complementou.

O médico Dennis Burns, da Sociedade Brasileira de Pediatria, traçou um histórico da taxa de infecção de crianças para demonstrar que já existiriam condições seguras para o retorno dos alunos às salas de aula. Em julho, o número de crianças com covid-19 cresceu 50% em 15 dias, o que inviabilizava a volta às atividades.

A partir de setembro, esse número diminuiu para 7% do registrado dois meses atrás. Por conta disso, seria viável a reabertura. As dificuldades de aprendizado também foram citadas pelo médico para relembrar a necessidade das aulas presenciais. “O isolamento das crianças trouxe um agravo muito grande. Uma criança só se fixa numa tela se houver uma recompensa imediata. Se não fosse isso, as crianças não ficariam tão viciadas em jogos de celular”, disse Dennis Burns.

A decisão de retardar a volta às aulas foi criticada por Cátia Vergara, da Promotoria de Defesa da Educação, do Ministério Público do Distrito Federal. Para a promotora, quando ainda não havia condições de retorno, a atuação do Governo do Distrito Federal foi mais veemente. “Às famílias de alunos nas escolas públicas não está sendo dada a opção de retorno nem ao ensino a distância. Para nós, no Ministério Público, não há motivos para haver diferenças entre o retorno nas escolas particulares e, não, nas públicas”, criticou.

Veja na íntegra no link abaixo.

 

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