A deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF) participou nesta quarta-feira (14) do debate sobre os Desafios da Alimentação Saudável no Brasil, promovido pelo Correio Braziliense e reuniu profissionais de saúde e representantes do poder público, como o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.
Para discutir a importância de selos de alerta nas embalagens de produtos industrializados, a Câmara realizará audiência pública em 26 de setembro, a pedido da deputada. “A maioria dos produtos industrializados utilizam nomenclatura de difícil compreensão para o cidadão”, afirma Belmonte. De acordo com a deputada, “embalagens criativas, levam o consumidor a crer que alguns alimentos são saudáveis, quando não são”, analisa.
No início do seu mandato, Paula Belmonte sugeriu ao Ministério da Educação a proibição da venda de refrigerantes, bebidas açucaradas e alimentos ultra processados nas escolas. Segundo estudos apresentados no debate, a boa alimentação diminui a procura por serviços de saúde e desafoga as filas nos hospitais. “Uma boa alimentação também reflete no rendimento dos alunos”, conclui a parlamentar.
Outro alerta de Paula Belmonte é sobre o perigo da publicidade, que, em muitos casos, utiliza de brinquedos e personagens infantis para chamar atenção das crianças. “Precisamos regulamentar questões que possam induzir o comportamento de meninos e meninas”, observa. “Como acontece em combos de alimentos que oferecem brindes”, exemplifica.
Para a deputada, o governo e a sociedade precisam refletir sobre as responsabilidades diante desta questão. Precisamos pensar à frente. O que esse tipo de alimentação pode causar?”, questiona. O Brasil oferece anualmente o subsídio de R$ 6 bi para a indústria de refrigerantes, na Zona Franca de Manaus (AM).
Segundo Paula Belmonte, o Brasil precisa ter consciência de que os danos causados pelo incentivo à indústria pode causar impactos nas receitas públicas. “O elevado consumo de bebidas açucaradas aumenta os gastos com saúde em decorrência das doenças provenientes da má alimentação”, conclui.